A diretoria do Sindilimp-BA tem uma posição clara contrária ao ataque à Previdência pública promovida pelo governo ilegítimo de Michel Temer.

Vamos sempre nos mobilizar para assegurar nossas conquistas e a categoria estará nas ruas e nas lutas para impedir que acabem com a aposentadoria.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, sobre a Previdência, é, talvez, “uma das reformas de maior exclusão social no Brasil”, avalia o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, que participou na tarde da quarta-feira (15) de um debate promovido em rede social pelo jornal Brasil de Fato. Para ele, o dia nacional de paralisações, ajudou a fazer o contraponto à propaganda do governo e ajuda a população a entender o que representa “o ataque a seus direitos”.

“O projeto é extremamente severo, retarda o acesso à aposentadoria, exclui milhões. Retarda, exclui e arrocha”, resume Clemente. “As pessoas começam a entender a gravidade desse projeto.” Já a reforma trabalhista, acrescenta, tem impacto ainda maior: “Afeta a organização econômica de toda a sociedade brasileira”.

Para o diretor técnico do Dieese, com a proposta da Previdência, o governo diz, em síntese, que a população tem de receber menos. “Os rentistas, não. Para eles eu garanto.”

“A sociedade não escolheu essa reforma”, disse Clemente, apontando falta de debate público sobre o tema. “Temos de mostrar a nossa indignação. Queremos discutir a receita da Previdência.”

Membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues destacou, no movimento do dia 15, a “unidade de todo o campo popular”, a “qualificação” das mobilizações com greves em várias categorias e o apoio da população. “Acredito que temos de sair com um calendário de mobilizações a partir das manifestações. O golpe aconteceu por causa dessas duas reformas”, avaliou.