Licitação para limpeza urbana não deve ser um lixo. Sindilimp-BA e Mandato da Gente estão atentos
O presidente da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), declarou que a licitação para contratação de empresa que realizará serviços de limpeza e recolhimento de lixo na capital baiana deve ter o máximo de transparência.
“Não deve ser e não será um jogo de cartas marcadas. Asseguro como oriundo do movimento sindical dos trabalhadores em limpeza e como vereador que estaremos atentos e impediremos quaisquer manobras. A licitação para limpeza urbana não deve ser um lixo. O Ministério Público da Bahia deve ficar atento”, declara.
Ana Angélica Rabello, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza da Bahia (Sindilimp-BA) afirma que para o sindicato o que interessa não é o nome da empresa e sim que todos os direitos trabalhistas e conquistas da categoria sejam respeitados. “Essa garantia só pode ser dada se um processo licitatório correto for efetuado. Já se fala no afastamento da Torre do processo. Como ficam os trabalhadores da empresa?”, questiona a sindicalista.
Atualmente, a coleta de lixo em Salvador é feita por cinco empresas. A Revita, responsável por 60% do trabalho, partilha o serviço com a Torre, Jotagê, Viva e Amaral. Em 2010, elas firmaram com a prefeitura um convênio com validade de um ano, renovável por mais seis anos, no valor de R$ 19 milhões mensais. Luiz Carlos Suíca acrescenta que leu com “apreensão suposições de que o grupo BTG, banco que pertence a André Esteves, seria um dos vencedores da licitação. Mesmo sendo apenas uma hipótese é algo que nos preocupa. Pouco me importa a empresa que será vencedora, porém, exigimos que o processo seja transparente e que a empresa ou empresas selecionadas ofereçam de fato propostas mais vantajosas para fornecimento prestação de serviços para Salvador através de qualidade e menor preço. Um negócio que movimenta em torno de R$ 240 milhões por ano não pode ser tratado com boatos e nomes serem apontados sem que nem mesmo as propostas tenham sido apresentadas”, finaliza Suíca.