Gari: Profissão de risco que merece valorização. Sindilimp-BA e CUT-BA estão firmes na fiscalização
As diretorias do Sindilimp-BA e a CUT-BA estão sempre em defesa dos trabalhadores em limpeza urbana e preocupadas com os acidentes que acontecem na categoria.
Na manhã desta segunda-feira (26), o companheiro Epifânio Evangelista, de 40 anos, ficou ferido depois de ser atropelado por um motorista que perdeu o controle do veículo nas imediações da Madeireira Brotas, na entrada do bairro de Pernambués, em Salvador. De acordo com informações da Superintendência de Trânsito e Transportes de Salvador (Transalvador), no veículo estavam o motorista e um carona, e ambos sofreram ferimentos graves.
Segundo o órgão, o Corsa cinza de placa JMN 1058, atropelou um gari que presta serviço para prefeitura de prenome Epifânio, e em seguida derrubou um poste. O veículo ainda atingiu um Celta preto de placa NTH 4108, que estava estacionado e derrubou um toldo do Hotel Lords.
“O trabalhador em limpeza é fundamental para a sociedade e merece respeito. Não há conservação e limpeza sem a ação da nossa categoria. Estamos preocupados e atuamos em conjunto com o Sindilimp-BA e CUT-BA porque cada vez mais casos vêm sendo registrados de acidentes de trabalho, além de mortes por atropelamentos. Na manhã de ontem (26), por exemplo, o gari Epifânio Evangelista realizava a limpeza no local quando foi atingido e lançado a dois metros do local de onde estava, teve fraturas expostas e quebrou uma das pernas. É preciso que as empresas e a Prefeitura de Salvador deem prioridade à segurança do trabalhador”, afirma nosso companheiro, vereador Luiz Carlos Suíca.
O Sindilimp-BA está acompanhando o companheiro internado no Hospital Geral do Estado e o quadro dele é considerado grave, porém estável.
De acordo com dados levantados são registrados, por ano, cerca de 20 ocorrências envolvendo garis e varredores durante o período de trabalho. Desses, 20% acabaram em mortes e restante são acidentes de trabalho, como perda de dedos das mãos nas prensas dos caminhões de lixo.
“Não aceitamos que a culpa pelos acidentes sejam lançados nas costas das categoria. Queremos que aconteça treinamento adequado, sinalização eficiente e ampla campanha na sociedade para que os trabalhadores e trabalhadoras em limpeza, asseio e conservação sejam respeitados. A categoria também está sujeita a problemas como a LER (lesão por esforço repetitivo), desidratação com o calor, contaminação com algum tipo de lixo irregular que foi despejado nos locais de varrição e problemas pulmonares. Sem contar a violência e, claro, os atropelamentos. Estamos atentos e acompanhando sempre em defesa da categoria”, destaca a coordenadora do Sindilimp-BA, Ana Angélica Rabello.