Merendeiras exigem solução e Sindilimp-BA recorre mais uma vez ao Ministério Público do Trabalho
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da Bahia (Sindilimp-BA) mais uma vez denuncia que os trabalhadores terceirizados que prestam serviços à Secretaria Estadual da Educação (SEC) estão com salários atrasados, em especial as merendeiras da empresa Líder Recursos Humanos. “Não é a primeira vez que nos deparamos com este absurdo de ver pessoas passarem necessidades por falta de salários.
Já recorremos uma vez ao Ministério Público do Trabalho (MPT-BA) e realizamos uma grande assembleia geral no dia 29 de outubro. Quando tudo parecia caminhar para uma solução, mais uma vez a empresa atrasa salários e a SEC pouco ou nada faz e as trabalhadoras são penalizadas”, afirma a coordenadora geral do Sindilimp-BA, Ana Angélica Rabello.
Ela informa que o Sindilimp-BA solicitou mais uma vez a intermediação do MPT-BA e aguarda a data da audiência para fazer avançar a resolução dos problemas. “A decisão tomada coletivamente é a de que as merendeiras e trabalhadores em serviços gerais com salários atrasados não devem comparecer às escolas. É um absurdo pagar para trabalhar. As pessoas estão sem salários, vales transportes e tíquetes alimentação e estão sendo pressionados a comparecer. Mais uma vez solicitamos a solidariedade da direção das unidades escolares. Sabemos que a situação é de opressão e temos informações de que a SEC pressiona as direções a oprimir os trabalhadores para evitar a greve. Isso é uma injustiça que não podemos aceitar e que as diretoras e diretores não podem se submeter a fazer papel de capitão do mato e feitor. São educadores e não capatazes”, indigna-se a dirigente sindical.
São cerca de 800 funcionários da empresa Líder Recursos Humanos que trabalham na rede de educação de ensino do estado. Ana Angélica Rabello detalha que “as empresas alegam que o Estado não paga as empresas terceirizadas que por sua vez sacrificam os trabalhadores. São salários atrasados, rescisões contratuais e férias vencidas dos funcionários. As 15 empresas terceirizadas que prestam serviços para a Secretaria Estadual da Educação (SEC) que alegam sempre alguma pendência com o governo estadual. Se há dívida intencionalmente não paga, que nossa categoria chama de calote, entre Estado e empresas não é um problema dos trabalhadores. Queremos que se respeite quem trabalha e tudo seja quitado”.
“Na audiência mediada pelo Ministério Público do Trabalho em Salvador no final de setembro, foi firmado acordo para o pagamento dos salários atrasados. A Líder Recursos Humanos ficou de abrir uma conta para receber do governo R$ 1,099 milhão, a ser repassado integralmente para as folhas de julho e agosto de 752 funcionários. Ora, por que não cumprem a palavra? Por que o governo estadual finge que não sabe de nada e deixa os trabalhadores sem salários? Que as empresas, de forma destacada a Líder, e o governo estadual cumpram seu papel social e não deixe quem já ganha pouco ainda mais em situação aflitiva ficando sem salários”, finaliza Ana Angélica Rabello.