Reforma trabalhista de Temer rouba direitos dos trabalhadores
A diretoria do Sindilimp-BA protesta contra a Comissão especial da Câmara que aprovou relatório da reforma trabalhista que corta salários, parcela as férias e reduz direitos conquistados com tantas lutas. Nossa resposta deve ser a luta ainda maior. Greve geral dia 28 de abril!
A comissão especial criada para analisar a reforma trabalhista na Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (25) o parecer do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). O relatório foi aprovado por 27 votos a 10 e nenhuma abstenção, com ressalvas aos destaques incluídos no relatório durante a discussão.
Entre os partidos que têm representação na comissão especial, PT, PDT, PCdoB, PSOL, PSB, PEN e a liderança da minoria orientaram voto contra o parecer do relator Marinho. Para a oposição, a proposta retira direitos dos trabalhadores e precisa ser mais discutida. Para os golpistas que atacam os trabalhadores, a proposta já foi amplamente debatida e contribuirá para modernizar as relações de trabalho e estimular a geração de empregos.
O Projeto de Lei (PL) 6.787/2016, que altera diversos pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tramita em regime de urgência e agora segue para análise do plenário da Câmara.
O vereador Luiz Carlos Suíca, nosso companheiro de categoria e de lutas, “o governo ilegítimo de Temer cancelou obras do Minha Casa, Minha Vida, aprovou a terceirização do serviço em todas as áreas das empresas públicas e privadas, e segue as reformas da Previdência e Trabalhista. Estão subtraindo os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras deste país. Precisamos, urgentemente, mudar essa realidade. É uma continuação do golpe contra a democracia que cassou o mandato da presidenta Dilma Rousseff. Na realidade, estão pagando a conta ainda do impeachment. O povo vai para as ruas agora no dia 28, será uma greve geral para mobilizar movimentos sociais, sindicais e populares. Tem que colocar um freio urgente nesse governo ilegítimo, antes que o Brasil volte ao período de escravidão, porque Estado de Exceção a gente já vive, com grave ameaça à ordem constitucional democrática”, completa.
A coordenadora do Sindilimp-BA, Ana Angélica Rabello, afirma que “essas reformas estão muito ligadas ao empresariado, aos patrões que querem nos explorar. Querem acabar com uma estrutura organizada desde 1943 com a CLT, e que nunca chegou a alcançar a maioria dos trabalhadores. O mais grave é que não foi discutido com a população. Se essa reforma passar, o negociado se coloca acima do legislado, e em uma situação de desemprego vai ficar mais difícil para o trabalhador em condições precárias fazer exigências”.
O Sindilimp reafirma que o caminho para barrar ataques aos nossos direitos é a mobilização e a luta. No dia 28 devemos parar o Brasil e nossa categoria deve fazer sua parte se manifestando onde e como for possível. Basta de exploração!