A história do Dia Internacional da Mulher
Mulher na POlítica
A primeira eleição com a participação feminina no Brasil foi realizada em 1933, no ano seguinte ao reconhecimento do direito de votar das mulheres pelo Código Eleitoral de 1932 e há 90 anos atrás.
Em 1997, foi estabelecido pela Lei das Eleições a obrigatoriedade de ao menos 20% de candidaturas para cada sexo. A lei fixou em no mínimo 30% nas eleições posteriores. Já em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que os partidos políticos destinem no mínimo 30% dos recursos do Fundo Partidário ao financiamento de campanhas das candidatas .
A Justiça Eleitoral tem adotado diversas medidas de incentivo à participação feminina na política, como ações afirmativas e recursos para campanhas. O futuro do País também é assunto de mulher, e por conta disso, é de extrema importância discussões sobre a representatividade feminina dentro do meio político e o combate a violência política.
História do Dia da Mulher
Clara Zetkin sugeriu a criação do Dia Internacional das Mulheres em 1910. Ela era uma ativista, defensora dos direitos das mulheres no âmbito trabalhista e membro do Partido Comunista Alemão, e tinha como objetivo possibilitar que o movimento operário desse maior atenção às mulheres trabalhadoras.
A ideia foi proposta durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague. Haviam 100 mulheres, de 17 países e elas concordaram com a sugestão por unanimidade.
Manifestações e greves
Mas essa semente foi plantada um pouco antes, em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York exigindo o direito ao voto, o aumento salarial, a redução das jornadas e a melhoria nas condições de trabalho nas fábricas.
O incêndio em Nova York
No dia 25 de março de 1911 aconteceu um incêndio na fábrica de roupas Triangle Shirtwaist, em Nova York, nos Estados Unidos. Foi um grande acidente industrial que causou a morte de centenas de pessoas, com um número estimado entre 130 a 150 trabalhadores, em sua grande maioria mulheres.
As pessoas morreram queimadas, isso porque as portas das oficinas na fábrica de tecido eram trancadas para impedir a saída dos funcionários durante as pausas dos turnos. As condições de trabalho também eram péssimas, com cargas horárias extensivas, salários muito baixos e locais insalubres.
O evento do incêndio ficou marcado na história e foi associado ao mês de março.
Manifestações e greves
No mesmo ano o Partido Socialista da América declarou o primeiro Dia Nacional das Mulheres e a data foi celebrada pela primeira vez na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.
Mas até então, não existia uma data fixa, porém em meio à guerra em 1917, o dia foi formalizado após uma greve realizada por mulheres russas que exigiam “pão e paz”. Quatro dias depois da greve, traduzido para o dia 8, o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.
Dia Internacional da Mulher
A data foi oficializada em 1975, quando reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nela é celebrado o engajamento na política e os avanços econômicos das mulheres na reivindicação por igualdade salarial.
O 8 de março, além de homenagear as mulheres, é um momento de reflexão a respeito de como a sociedade as trata, tanto no convívio afetivo e social, como dentro de casa e no mercado de trabalho.
No Dia Internacional da Mulher e em todos os outros dias do ano a sociedade deve discutir, combater e falar sobre a violência de gênero, sobre o assédio e sobre os índices de feminicídio que aumentam a cada ano. Este dia serve para enaltecer a luta das mulheres por direitos e dignidade, serve para repensar atitudes e lembrar às cidadãs e aos cidadãos que todo o dia é dia da mulher.