Limpeza pública se resolve com ações concretas e grande investimento não com factoides na mídia, afirma vereador Luiz Carlos Suíca (PT)

O vereador Luiz Carlos Suíca (PT), que é membro da direção do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza no Estado da Bahia (Sindilimp-BA) afirmou que "o prefeito ACM Neto, diante do grave problema de limpeza pública, em especial na região do centro da cidade, deve agir com muito critério, investir em tecnologia, responsabilizar quem deve ser responsabilizado e não atuar de forma intempestiva cujo resultado será apenas midiático e pouco de prático acontecerá". Ele se refere às matérias divulgadas pela imprensa sobre o acúmulo de lixo na região da Avenida Joana Angélica que levou a prefeitura suspender o pagamento de janeiro da empresa concessionária responsável pela coleta e exoneração do chefe do Núcleo de Limpeza da área, o funcionário da Limpurb Arnaldo Santos.

"Em minha opinião o prefeito atuou para a torcida. A região do centro é caótica, tem um trânsito intenso, as ruas são estreitas e não permite colocação de containers fixos e impossibilita que um caminhão de coleta passe lentamente fazendo o trabalho de limpeza. É preciso investimento tecnológico, como por exemplo containers subterrâneos e pesado investimento em educação ambiental. Os comerciantes precisam assumir sua responsabilidade. Não podem apenas ter lucros e largar todo o ônus para a administração pública. Condeno o tom preconceituoso das matérias publicadas que tentam lançar a responsabilidade da sujeira do centro até mesmo para um gari, um companheiro que está no local para limpar e o faz sempre", afirma Luiz Carlos Suíca.

Edson Conceição, diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA) e do Sindilimp-BA, também se pronunciou a respeito. "Salvador, por diversos anos seguidos, recebe menção na imprensa nacional sobre a limpeza eficiente feita na cidade logo após grandes eventos como o Carnaval. Neste momento fala-se apenas da administração da cidade e pouco se comenta sobre o gari, a pessoa, o ser humano responsável direto pela limpeza. Quando pega-se uma pessoa trabalhando e fazendo o que devia ser feito, como destacado pelas direções da Limpurb e da empresa, faz-se uma manchete que passa uma péssima imagem para a categoria", afirmou o dirigente cutista.

Ana Angélica Rabello, coordenadora geral do Sindilimp-BA, afirma que o sindicato está atento para impedir a sobrecarga de trabalho para os funcionários. "Que se contratem mais funcionários para atuarem nesta região problemática. Não vamos permitir uma sobrecarga para os trabalhadores que já enfrentam um serviço extenuante".

Luiz Carlos Suíca finaliza afirmando ser "fundamental que a sociedade debata a questão da limpeza pública, porém, que não se responsabilize a Limpurb, empresa capacitada e com técnicos eficientes, e em especial o gari, um trabalhador que não precisa provar mais nada a ninguém. Fez o que era possível com a atual logística utilizada na área. Queremos uma cidade mais limpa porque isso representa a defesa do meio ambiente, da saúde pública e bem estar da população. Que se busquem ações concretas e efetivas e não atuações para os refletores da mídia. Nosso mandato, o Sindilimp-BA, a CUT-BA e as demais entidades representativas estão abertas e dispostas para se buscar o melhor para Salvador".